O principal desafio do projeto, uma casa de fim de semana em um condomínio fechado, foi abrigar o extenso programa de maneira concisa dentro da expectativa de tamanho ideal estabelecida pelos clientes. Dessa forma, a implantação se deu de forma setorizada e simples: a casa é dividida em dois blocos, separados por pátios e unidos pelo corredor central - que cria um eixo de distribuição e simetria - e pelo embasamento revestido em pedra.
O primeiro bloco, com fachada para a rua, é térreo e abriga dois quartos de hóspedes, voltados para uma lateral do terreno, e o programa de serviço, voltados para a outra lateral. No segundo bloco, voltado para um campo de golfe, se localizam os programas que privilegiam a vista. O térreo abriga todo o programa social, com sala de estar e jantar que se abrem para uma extensa varanda, conformando uma única grande área de convivência. No pavimento superior os quartos se abrem para uma laje gramada, com varandas individuais revestidas em madeira, que trazem privacidade e também enquadram a paisagem.
A quebra da monotonia da simetria se dá pelo jogo de volumes que extrapolam os blocos principais: um banco de concreto da varanda, o volume da churrasqueira revestido de madeira, o volume orgânico da caixa d’água na cobertura e a chaminé da churrasqueira que ultrapassa a cobertura do pavimento superior.
Um bloco de lazer com sauna e salão de jogos, também se volta para a vista. Ele é revestido em pedra com uma varanda de toras de madeiras, seguindo a linguagem de materiais naturais e tons arenosos, que percorrem todo o projeto. Junto à materialidade, a busca por diferentes efeitos da luz natural nos interiores, com clarabóias que filtram a luz para os banheiros, grandes aberturas do corredor para os pátios e coberturas treliçadas de madeira, resultou em uma atmosfera leve e calma, características de uma casa de campo.