Desenhada pelo arquiteto Rodolpho Ortenblad em 1957 para sua família, a casa foi reformada partindo da recuperação dos elementos que caracterizam o projeto original e de alterações pontuais em seu programa e planta.
O bloco térreo frontal, onde se encontrava um extenso programa de serviço e se abria para um pátio central de mesmo caráter, passou a abrigar a garagem e uma sala de brincar aberta para a área externa. Agora, esta possui um jardim e também se conecta à sala de TV, no bloco principal, através de novas portas de madeira e vidro que reproduzem a caixilharia original. O painel do hall social foi restaurado e uma porta tipo "camarão" foi incorporada, utilizando a madeira preexistente, para conectar a sala de TV aos demais ambientes. O living contempla dois ambientes de estar, a sala de jantar, uma nova lareira e uma conexão ao atual escritório, antiga sala íntima, que se abrem para o jardim dos fundos.
A pérgola com banco, importante elemento arquitetônico da casa e muito característico dos projetos do Rodolpho Ortenblad, havia sido removida e graças a fotos de época foi possível ser refeita.
Boa parte dos materiais originais da casa foram encontrados descaracterizados; o fulget da fechada e pilares, forros e painéis em madeira e caixilhos pintados de branco, foram restaurados. O piso em pedra também foi recuperado e um novo piso de madeira foi sugerido para o andar térreo e superior. Novos tijolos pintados de branco foram incorporados à alguns trechos da fachada onde existia uma litocerâmica bege que estava deteriorando. Cozinha, lavanderia e banheiros foram totalmente refeitos, porém os materiais e cores utilizados remetem à paleta original da casa, como o limestone bege e a madeira.
A casa, que foi premiada no Salão Paulista de Arte Moderna de 1960 e publicada no livro Residências em São Paulo 1947-1975 de Marlene Acayaba, após a reforma ainda mantém suas características modernas, porém adaptada às demandas de uma família contemporânea.