O escritório ocupa a laje inteira de um edifício comercial, que possui uma configuração recorrente: uma laje livre, porém com uma caixa de circulação central. Com um programa fragmentado, a planta apresentava como desafio a necessidade de grandes corredores para acessar as salas, que deveriam ter todas iluminação natural. Dessa forma, o projeto tira partido da circulação para criar uma galeria, com volumes de profundidade diferentes, que conformam planos para expor a extensa coleção de obras de artes dos clientes.
A materialidade e os tons sóbrios remetem à tradicionalidade do ofício da advocacia, porém usados de forma contemporânea: a bancada da recepção é de mármore travertino silver e o teto da mesma é em preto reflexivo. As salas de reunião são em camurça cinza, que contribui para o desempenho acústico exigido. Já a textura cimentícia e o carpete cinza criam uma base neutra para a exposição das obras.